Darwin
escreveu o mítico “A Origem das Espécies” em 1859. Foram necessários 154 anos
(pode conferir) para que alguém mais atento desenvolvesse uma teoria a respeito
do “Objetivo das Espécies”. Eu.
Me
parece que o objetivo das espécies é, em primeiro lugar, preservar a própria
espécie. Amebas querem mais é produzir amebinhas, águas-marinhas querem encher
o planeta de aguinhas-marinhasinhas, se me permitem a barbaridade. Leões,
elefantes, gorilas, mosquitos, tartarugas – um pouco mais devagar é claro, seres
ditos humanos, baratas, tubarões, invertebrados, insetos diversos, senadores, a
família Sarney, deputados, vereadores, mensaleiros, sindicalistas, em resumo
qualquer espécie quer mais é se perpetuar. Só pensam naquilo.
E
esta regra aplica-se também, e principalmente, às estruturas criadas pelo
homem. A partir do momento em que alguém com poder para tanto, cria uma
repartição, um ministério, um departamento, uma assessoria, um programa social,
o que quer que seja, este novo organismo passará a trabalhar na melhor maneira
de crescer e de não acabar nunca. Vocês acham que algum Ministério do Brasil
vai acabar, por ter cumprido sua missão, e ser encerrado? Algum burocrata vai
propor a própria demissão, por inutilidade? Alguma Bolsa destas que abundam por
ai vai ser encerrada? (nota: idéia para novo texto – a Bolsa Bunda. Não
esquecer de apagar antes de publicar o texto). Nunquinha. A primeira providência
que se toma, ao nascer de um novo captador de recursos inventado pelo governo,
é criar uma estrutura que dê salários aos amigos (deles) que estiverem
precisando. Trabalho não, salários. A segunda providência é começar uma longa
lista de justificativas que expliquem aos não iniciados (nós) do porquê da
importância desta nova estrutura administrativa, sem a qual o país voltará à
Idade da Pedra ou pior, aos pântanos da barbárie. Até hoje não compreendo como
vivemos tanto tempo sem um Ministério da Pesca, um Ministério das Pequenas
Empresas e Grandes Negócios (é esse o nome do ministério do Afif?), uma ANAC,
uma ANATEL, um PROUNE, estas coisas. Devia ser uma bagunça, ainda bem que
organizaram. E fomos premiados com o PRÉ-SAL, a Transposição do São Francisco,
o Retorno do São Francisco, Bolsa Família, Bolsa Cadeia, Bolsa Crack, repartições
públicas cheias de funcionários nem tanto, que cuidarão do porvir da nação.
Então,
não fiquem de mimimi nestas redes sociais boateiras, querendo que estas coisas
acabem. Não vão acabar nunca. Isto está explicado no compêndio “Do Objetivo das
Espécies”, que escreverei em breve. Só falta achar assunto pra mais umas 300
páginas, já que a essência está aqui. Como disse aquele sábio internético:
“Ia
mudar pra melhor, porque estava bom. Mas não estava muito bom também, estava
meio ruim. Tava ruim. Mas agora parece que piorou”