A situação do Serra é a seguinte: Imagine a finalíssima de um campeonato nacional de futebol, a ser decidido em dois jogos, o famoso ida e volta. Primeiro jogo, 4X0 para o adversário. Dilma Futebol e Regatas tem a seu favor o técnico, a torcida, o juiz, os bandeirinhas, o iluminador, o maquiador, o figurinista, o contra-regras, os músicos, o escambau.
O time de Serra não foi bem no campeonato. Empatou demais, jogo amarrado no meio de campo, nenhum talento no ataque. Desprezou as orientações do antigo treinador, se fingindo de surdo. Quando FHC, o ex-técnico, é citado, Serra desconversa. Finge que não é com ele. A torcida já percebeu isso e acha muita ingratidão, ora veja.
A hora H chegou, a cobra vai fumar, a onça vai beber água, a jabiraca vai piar, agora não dá mais pra jogar para o empate, fazer cera, por ai. Ou Serra vai pro jogo e arruma, nem que seja por empréstimo, alguns craques talentosos, ou depois não adianta dizer - “Fodeu!”. Tem que mostrar a que veio, no que é diferente, no que pode ser melhor. Tem que parar com esse papo de vendedor de aspirador de pó, mostrando as coisinhas que já fez quando era ministro, porteiro, governador ou presidente da UNE - aquela merda. Tem que arriscar cestas de 3 pontos, tacadas de 100 jardas, corridas para o touchdown ou para o home-run, estas coisas. Tem que mostrar coragem, que é o mínimo que se espera de alguém que quer ser presidente desta joça. Se é pra ficar alisando, mostrando boa educação, esperando a vez na fila, então deveria ter se candidatado a outra coisa, paraninfo da turma talvez.
Vai que é tua, Zé Serra!
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