“Mantenha seus pensamentos positivos, porque seus
pensamentos tornam-se suas palavras. Mantenha suas palavras positivas, porque
suas palavras tornam-se suas atitudes. Mantenha suas atitudes positivas, porque
suas atitudes tornam-se seus hábitos. Mantenha seus hábitos positivos, porque
seus hábitos tornam-se seus valores. Mantenha seus valores positivos, porque
seus valores... Tornam-se seu destino”. Mahatma Gandhi.
Acredito piamente nisto. De verdade, mesmo que não consiga
praticar os tais pensamentos positivos, acredito que nossa forma de pensar
resulta em nosso destino, o que quer que seja isto. O problema é que nunca
consegui manter o foco no positivo, nos bons pensamentos, nas idéias otimistas.
Conheço pessoas que praticaram estes ensinamentos com bons resultados. Conheço
algumas, até, que mudaram para o lado ensolarado da rua durante a vida e
melhoraram muito, na forma de pensar e na forma de viver. O problema é comigo,
como diria o namorado que quer romper com a namorada e não sabe o que dizer.
Meu miolo sempre desconfiou das idéias muito otimistas,
achava sempre que estava faltando alguma coisa, que o tal positivo era só falta
de informação. E assim fui pela vida, desconfiando. Talvez se eu tivesse lido
os livros certos, frequentado as associações adequadas, tivesse superado este
pessimismo. Li muito, mas nem o suficiente, muito menos o necessário.
Lembram-se do conceito matemático “Necessário e Suficiente”? É bem legal, quem
quiser dá uma internetada ai e vê. Os chamados clássicos só li de forma
referencial ou em resumos. Havia, quando eu era adolescente e lia muito, uma
coleção chamada “O Tesouro da Juventude”, que meus pais, preocupados com a
educação daquele monte de filhos, compraram. E eu li inteirinha. O Tesouro
trazia diversos assuntos, resumidos para atender o público ao qual se destinava
que iam desde literatura, ciências, atualidades, passando por música, teatro, estas
coisas. E assim fui tomando contato com as maiores obras do gênio humano. Mas
nunca li Dante Alighieri, Cervantes, Platão, Homero ou Shakespeare no original.
Muito menos li a Bíblia, só referências como já disse. Li resumos e li comentários
sobre os clássicos em outras obras.
Mas li quase tudo de Charles Bukowski, Gabriel Garcia Márquez,
Saramago, alguma coisa de Hemingway, William Faulkner, Henri Miller, Gay
Talese, Mario Puzzo, Mario Vargas Llosa, Érico Veríssimo, Jorge Amado, Hermann
Hesse, além de cronistas como Rubem Braga, Nelson Rodrigues, João Ubaldo
Ribeiro, entre outros. Muito do que li já esqueci, não sei se isto é bom ou
mau. E estes autores não primavam por seu otimismo, longe disto. Uma das minhas
maiores influências foi “Sidarta”, de Hermann Hesse. E, a menos que eu não
tenha entendido, não se pode chamar de uma obra particularmente positiva.
Conformada talvez, mas positiva nunca.
Quanto às associações de pensamento, Maçonaria, Rosa Cruzes
e assemelhados, nunca fui convidado a frequentá-las. Meus amigos que por elas
habitavam deviam achar que eu não era digno de conhecer os segredos da vida e
nunca me convidaram. Deviam estar certos.
Hoje leio muito menos. A internet nos transformou em
preguiçosos catadores de manchetes e comentários resumidos, que querem tudo
pronto e que, quando a página demora mais do que quinze segundos para abrir já
estão bufando. Mas se eu puder dar um conselho aos mais jovens, seria: Leiam.
Leiam muito, leiam tudo o que puderem. Há romancistas espetaculares, filósofos
perspicazes, ensaístas inteligentes, vai valer à pena. Só procurem se manter do
lado iluminado da Força.
Saudações Jedi!
prezado, muito bom ser sempre surpreendido com suas crônicas, seus pensamentos, seu modo despojado e ao mesmo tempo profundo de colocar as coisas. Continuo seu fã
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